Ser Flamengo é ser Rocky Balboa. Ser Rocky é ser Flamengo
- Igor Schulenburg

- Jun 17
- 2 min read
Eu sempre soube que o Flamengo e o Rocky Balboa moravam no mesmo lugar: dentro do meu peito. Sempre estiveram lá, lado a lado. Coisa de família, de infância, de criação.... não tem como explicar. Dois amores que, por mais distantes que parecessem na geografia (e nas dimensões, já que estamos falando de um personagem do cinema e de um time de futebol), sempre estiveram unidos na essência: a luta, a superação, o suor, o sangue, a lágrima e... a glória.

Mas hoje, 16 de junho de 2025… hoje eu vi uma cena que, honestamente, nem no mais delirante dos meus sonhos (esses bobos, sem pé nem cabeça) eu imaginei viver. O Flamengo, o time que carrego na alma desde que aprendi a ser gente, jogando a Copa do Mundo de Clubes da FIFA. E a Nação? A Nação foi pra rua. Não qualquer rua. Não qualquer praça. Não qualquer escadaria.
A torcida se reuniu… nas escadarias do Museu da Filadélfia. Sim. As escadarias do Rocky. Aquelas. As mesmas. As que eu - se Deus quiser - ainda subirei em vida. Aquelas que subi mil vezes com os olhos, com o coração, com a imaginação, embalado por Gonna Fly Now, sonhando, vibrando, lutando — não no ringue, mas na vida.
E aí... veio o golpe mais bonito. Um cruzado de emoção bem no queixo do alemão que aqui escreve: a estátua do Rocky, lá no alto, de braços erguidos, vitoriosa, vestida de Flamengo. Cara… vestida de Flamengo. Com o manto. Com a bandeira. Com o símbolo da minha história.

Sabe quando duas partes dessa história, que sempre andaram em paralelo, decidem se cruzar? E fazem isso sem pedir licença, sem aviso, sem roteiro, sem ensaio. Só acontece. E quando você percebe, tá lá. O teu coração, dividido entre o Maracanã e as ruas da Filadélfia, agora batendo junto, forte, em um só compasso. Só me faltava juntar a Marquês de Sapucaí, aí... cataploft pro alemão!

Eu olhei aquelas imagens e pensei: "É real. O que me ensinou a nunca desistir tá abraçado com o que me ensinou a nunca deixar de acreditar."
Porque ser Flamengo é isso, né? É cair e levantar. É apanhar e bater. É tomar soco na cara da vida, olhar pra ela com o rosto inchado, sangrando, e dizer: “É só isso? Então manda mais!”
Ser Flamengo é ser Rocky Balboa. Ser Rocky é ser Flamengo.

Hoje, no meio daquela multidão, tinha mais do que torcedores. Tinha mais do que rubro-negros. Tinha mais do que fanáticos apaixonados.Tinha uma declaração de amor para o esporte. Pra vida. Pra luta. Pra resiliência.

E, de algum lugar, eu gosto de imaginar que o próprio Rocky, se fosse real (pra vocês, porque pra mim ele é), teria olhado praquilo, sorrindo, e dito com aquele sotaque rouco dele: “Aí sim... isso é coração de campeão.”
E quer saber? É mesmo.




















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