Corações acima de tudo Rubro-Negros

Flamengo Bi-campeão da Taça Libertadores da América 1981 - 2019

Quando a gente se descobre torcendo para um time de futebol, normalmente ainda criança, acaba não se dando conta do que a vida vai, de forma crescente, transformando com o passar dos anos.

Nasci com meu Flamengo ganhando tudo e se transformando em um esquadrão, mas com “a pureza da resposta da criança”. Durante décadas, vi ele se apequenar. Não como clube, nem na quantidade de torcedores, mas na sua desportividade. Sua capacidade de competir em alto nível. Ví vários títulos importantes, tive sensações que vou lembrar pra sempre. Mas também vi cada coisa… Gol de barriga do adversário, Santo André, Cabañas, Negreiros e Walter Minhoca. Vi o “melhor ataque do mundo”, o “império do amor”, “os Reis dos Rio”, e muito desastre. Mas também vi Petkovic, o “Imperador” voltando, o “Anjo Loiro da Gávea” e o baixinho Romário. Vi meu clube do coração afundado em dívidas.

A mudança não vem de uma hora para a outra. E não veio. Durante anos de saneamento financeiro, acertos e erros em contratações, o meu “flamenguismo” nunca mudou. A vontade de ver o futebol mágico de volta sempre existiu, e então, aconteceu. Daquelas sequências de acontecimentos tão incríveis, que a mais mágica epopéia tem dificuldade em explicar. Porém real, baseada em responsabilidades, em recuperação e em um resgate do sentimento rubro-negro. Uma caminhada de retorno ao trono, do qual nunca deveria ter partido. Um grupo fechado, um clube dinâmico, uma tendência. Um título, depois de 38 anos, que coroa cada um dos nossos muitos. Um sentimento difícil de explicar. A gente lembra de tanta coisa, tanta gente, tantos jogos. Raça, amor e paixão, encarnadas em Zicos, Nunes, Adílios e Titas, com outros nomes, em viagens astrais desde o longínquo 1981. É, meu MENGÃO, eu gosto de você. E especialmente hoje, eu quero cantar ao mundo inteiro, a alegria de ser Rubro Negro. Conte comigo, Mengão, queridão. És lagrima e sorriso, em 40 milhões de rostos, em 40 milhões de corações. Corações acima de tudo, Rubro-Negros.

Clube de Regatas do Flamengo - Bi-campeão da Taça Libertadores da América 1981 - 2019.