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Não é revanche. Mas também não é só futebol.

  • Writer: Igor Schulenburg
    Igor Schulenburg
  • Nov 27
  • 2 min read
Não é revanche. É mais do que isso.  É o Flamengo sendo chamado, de novo, a dar sentido ao que sente. E a escrever o capítulo que ainda falta.
O reencontro que a razão nega, mas o coração reconhece

Todo flamenguista sabe exatamente o que dizer nessa semana da Flamengo Libertadores 2025:

“É outro jogo.”

“Outro elenco.”

“Outro momento.”

“Não é revanche.”

A gente fala isso com a calma de quem tenta convencer o outro — ou convencer a si mesmo. E, racionalmente, é verdade. O Flamengo de hoje não é o mesmo de Montevidéu. Nem o Palmeiras. Nem nós. Mas o futebol não é só racional. E o torcedor, menos ainda.


Quando saiu o adversário, quase em uníssono, o sentimento foi um só:“qualquer um… menos eles.”

Não é medo.É memória.É cicatriz. É aquela lembrança incômoda — o gol que não veio, o silêncio do apito final, a sensação de ter deixado algo escorrer pelos dedos. Não é obsessão. Mas é incômodo.


E por mais que o discurso oficial tente fugir disso, é impossível ignorar que enfrentar o Palmeiras de novo carrega algo especial.


Não por revanche. Mas por justiça emocional.


A história abre portas raras — e essa é uma delas

A história é caprichosa: de tempos em tempos, ela se abre, oferecendo uma nova chance de reescrever o que ficou mal contado. Não para corrigir o passado — mas para impedir que ele defina o futuro.


Ganhar sábado não apaga Montevidéu.

Mas transforma Montevidéu em curva. Não em fim de linha.

E é por isso que o coração aperta. Porque a gente sabe exatamente o que está em jogo.

Não é só um título. É o tipo de vitória que dá paz pra alma e sentido pra trajetória.


Não é revanche. É mais do que isso.

É o Flamengo sendo chamado, de novo, a dar sentido ao que sente.

E a escrever o capítulo que ainda falta.

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