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Heróico, sofrido, clássico de Libertadores: Flamengo segura o Racing com um a menos e está na final

  • Writer: Igor Schulenburg
    Igor Schulenburg
  • Oct 30
  • 2 min read
Heróico, sofrido, clássico de Libertadores: Flamengo segura o Racing com um a menos e está na final

O 0 a 0 é o placar mais mentiroso do futebol.


Quem olhar apenas o resultado no dia seguinte vai imaginar um jogo morno, tático, talvez sonolento. Não poderiam estar mais errados. O que aconteceu no El Cilindro, na noite desta quarta-feira, foi um roteiro em dois atos.


O primeiro ato foi de autoridade. Avellaneda estava pronta para a festa. Os 55 mil torcedores do Racing cantavam, mas muito menos do que eu imaginei. E o Flamengo fez um excelente primeiro tempo. O time não sentiu o "clima bélico". O rubro‑negro mostrou comando, personalidade e maturidade e aos poucos, foi silenciando o Cilindro.

Então, no segundo ato, a arbitragem resolveu ser protagonista.

Aos 10 minutos, o roteiro que era de controle virou um teste de sobrevivência. Gonzalo Plata foi expulso. Numa decisão, rigorosa e completamente fora de contexto, daquelas que parecem desmembrar teorias da conspiração. E assim, o jogo toma outro rumo.


Ali, naquele instante, a "autoridade" deu lugar à "sobrevivência".


O Racing entendeu o recado. Com um a mais (e a ajuda do apito), partiu para o "abafa". Aqui entra a leitura tática de Filipe Luís. O técnico ajustou o time: mais compacto, linhas mais curtas, defesa vigilante e tentativas de transições rápidas. Tática que já tinha utilizado em outros momentos, kamikazi, mas que se bem efetuada, pode funcionar. E funcionou.


Foi um bom jogo do Flamengo, com mérito. Resistir em Avellaneda, na casa de um gigante argentino, com estádio lotado, em um ambiente hostil… isso exige fibra. A história vai lembrar desse momento. E lembrar que o time não só sobreviveu — dominou parte, quase marcou, se impôs até determinado momento.


Sim, vamos para a quarta final do Flamengo desde 2019 — e isso não é acaso. Filipe Luís disse que esse é “um time com alma, competitivo e aguerrido”. Esse reconhecimento não cai do céu: é fruto de trabalho, repetição, cultura.


Agora, a parada é grande: a final da Libertadores será no dia 29 de novembro, em Lima. O que resta agora? O título. O palco ficou definido — e o Flamengo mostrou que está pronto para ele.

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