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Flamengo x Racing: Análise do pré-jogo da semifinal da Libertadores 2025 no El Cilindro

  • Writer: Igor Schulenburg
    Igor Schulenburg
  • Oct 27
  • 2 min read
El Cilindro, local da decisão de quarta-feira
Manual de sobrevivência para o El Cilindro: entre a vantagem mínima e os fantasmas recentes

Nesta quarta-feira, o confronto Flamengo x Racing define não apenas um finalista de Libertadores, mas o destino da temporada rubro-negra. É o jogo mais importante do ano, disputado no Estádio Presidente Perón, o "El Cilindro", em Avellaneda. O Flamengo entra em campo com aquela que é, talvez, a vantagem mais traiçoeira do futebol: o 1 a 0 do jogo de ida.


Aquele gol de Carrascal no Maracanã deu ao time o direito de empatar. Mas "jogar pelo empate" na Argentina é um convite ao desastre. Especialmente quando os sinais recentes são tão preocupantes.


A atuação contra o Fortaleza, pífia para ser gentil, ainda ecoa na cabeça do torcedor. Vimos um time apático, distante do que se espera de um semifinalista continental. Para piorar o cenário, o Flamengo viaja sem seu centroavante. A lesão no antebraço de Pedro não é apenas um desfalque tático; é a remoção da principal (única) referência ofensiva de elite do elenco.


O que esperar do confronto Flamengo x Racing em Avellaneda

O "clima bélico" não é figura de linguagem. É a descrição padrão de Avellaneda. É saber que os 55 mil torcedores não vão apenas cantar; eles vão "balançar o estádio". Vão transformar 90 minutos em um teste de resistência psicológica. A pressão não começa no apito inicial; já começou e piora na chegada do ônibus.


O torcedor que vive de estatísticas gerais pode até respirar aliviado: temos um retrospecto sólido, contra argentinos.


O problema é que o adversário não é "um argentino genérico". É o Racing. Melhor dos últimos, pelo menos, dois anos.


Carrascal é opção no ataque do Flamengo

E aqui, os números contam outra história. O confronto direto é de um equilíbrio irritante: em seis jogos oficiais, são quatro empates, uma vitória para cada lado, e exatos oito gols marcados para cada time. O diabo, como sempre, mora nos detalhes: o jogo é no El Cilindro. E nos três jogos disputados lá contra o Racing, o Flamengo jamais saiu vitorioso (dois empates e uma derrota).


Portanto, não entramos em campo na quarta-feira para defender uma vantagem. Entramos para sobreviver. E com a memória fresca do que não fazer (vide Fortaleza), o time precisará de algo que o dinheiro não compra: casca.


Jogar com o regulamento debaixo do braço é o caminho mais curto para a eliminação. O Flamengo precisa ir ao El Cilindro para silenciá-lo.

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