Flamengo x Estudiantes: vitória, vacilos e escândalo da arbitragem

71 mil pessoas. 0 Maracanã brilhou mais uma vez, mas não foi só pelo jogo bonito do Flamengo. O time fez 2 a 1 sobre o Estudiantes pelas quartas de final da Libertadores, abriu o placar cedo, pressionou, criou chances suficientes para matar o jogo no primeiro tempo — mas deixou brechas, vacilou, e quase sofreu com isso no final.

Logo aos 15 segundos, Pedro marcou o primeiro, em um lance que arrancou o fôlego dos torcedores. Poucos minutos depois, Varela ampliou com um chute de primeira, quase sem deixar a bola cair. O Flamengo parecia disposto a liquidar logo, mas desperdiçou oportunidades claras — faltou matar o jogo. No segundo tempo, apesar do domínio e de jogadas boas, o time recuou um pouco, cansou, e quando se viu em vantagem numérica após a expulsão de Plata — em lance polêmico, quando ele foi tocado, e o árbitro entendeu como agressão dele — o Estudiantes aproveitou nos acréscimos para descontar com Carrillo. Aquele “já era” quase virou drama.

E não dá pra falar só do que o Flamengo deixou de fazer. A partida foi marcada por uma arbitragem que irritou. Plata foi expulso com segundo amarelo, mas muitos viram exagero — há quem diga que o defensor uruguaio foi derrubado antes do contato, e que o árbitro aplicou critérios duros só para o Flamengo. O quarto árbitro chegou a sugerir substituição ao técnico do Estudiantes, dizendo que um jogador com amarelo corria risco de levar o segundo. Essas interferências abrem espaço para questionamentos sobre isonomia, coerência e integridade da competição.

Mas torcedor rubro-negro que sou, não posso negar mérito: o time tinha tudo para matar o jogo mais cedo, para jogar com autoridade. O início avassalador mostrou capacidade ofensiva, construção leve de jogadas, pressão alta. Faltou intensidade até o minuto final, mas não falta entrega. Essa vitória vale, porque nas quartas de Libertadores o empate ou uma derrota mínima complicam tudo — e o Flamengo sai com vantagem, sim, mas levando o aviso: a arbitragem está de olho, e o time não pode dar chance.