A entrega da paçoca foi em casa, não ontem
- Igor Schulenburg

- Aug 7
- 2 min read

Eu digo sem medo: o Flamengo não podia ter perdido o jogo de ida. É uma verdade implacável. Quando a gente perde em casa num mata-mata, o peso da coisa já vira sentença. É frustrante, mas é irrefutável: aquele resultado mudou toda a postura do time. A derrota por 1 a 0 no Maracanã foi uma flecha que, sem querer, acertou o coração do Flamengo.
Ontem, no segundo jogo, vi uma melhora significativa — o primeiro tempo foi claro, ofensivo, com chance real de gol. Poderia até ter sido melhor. Mas o Atlético pressionou no segundo tempo, empurrou o Flamengo pra recuar as linhas. Mesmo assim, o jogo estava aberto, sim. E aí eu fico pensando: será que o Luiz Araújo não poderia ter surpreendido com aquele frescor criativo que a partida exigia? Se o critério foi carga física, por que não conseguimos equilíbrio ou ousadia pra mudar o jogo?
Os pênaltis e aquelas escolhas que ardem
Chegou a hora fatídica: os pênaltis. Eu não vejo loteria nisso — pênalti bem batido é gol. O Flamengo tentou, mas Samuel Lino e Wallace Yan erraram. E o goleiro Everson, do Atlético, brilhou, como todo mundo já viu.
E aí bate aquele incômodo: por que só os novatos bateram pênalti? São escolhas que mexem com o coração de qualquer torcedor. A bola parada, nesses momentos, exige experiência e frieza. O Lino, tão mal no jogo, foi lá e bateu — e errou. E aí vem a terceira pergunta, que não sai da cabeça: por que o Alacian? O garoto parecia estar de picuinha, era visível. E os zagueiros Léo Pereira, Léo Ortiz ou o Ayrton Lucas, que têm técnica e ritmo? Eles foram vetados na hora de bater. Faltou comando ou apetite por responsabilidade campeã?
Calendário virou cenário de reconstrução
Sim, foi uma eliminação antecipada numa competição que nem era prioridade — mas ninguém aceita cair, muito menos desse jeito. Agora, sem Copa do Brasil, o calendário se abre. E eu fui certeiro ao dizer: não dá mais pra reclamar do calendário. O Flamengo está livre em boa parte dessas semanas. A Libertadores está batendo à porta — são três jogos seguidos contra o Internacional, dois fora, um no Maracanã — e vão exigir atenção total, sem desculpas.
Meu recado final ecoa com força: a prioridade é ganhar. Libertadores? Brasileiro? Não importa. Agora é ganhar e calar, com resultado dentro de campo. E se isso não acontecer... aí sim a torcida vai cobrar, mas com base, com critério, com justiça.




















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