Ousou... e caiu. E está tudo bem!

Demorei, pois dessa vez não tinha porque escrever no calor da derrota. E ao ver tanta coisa... Ao ler tantas opiniões diferentes, tantos apontamentos de dedo de "como o Flamengo devia" ou não ter feito.... decidi voltar aqui para palavras rápidas. O Flamengo entrou em campo jogando do jeito que acredita: pressão alta, tentativas incisivas. O problema é que, de fato muito nervoso. E o 2x0 à jato castigou esse nervosismo. Mas minha postura é clara: melhor perder tentando do que se retrair pensando só em segurança. Uma filosofia que honra e respeita a nossa história . E se fosse o contrário? "E se", não se aplica. Viveremos eternamente nele.

Houveram, sim, além do "piripaque" inicial, falhas de adaptação e de tomada de decisão – especialmente na saída de bola e no embate inicial. Mas prefiro mil vezes perder executando nossa ideia do que se reduzir a um amontoado de cruzamentos no ataque ou uma defesa mal acostumada a ficar 45 minutos em um caixote. E isso, de fato, foi o que se viu: um Flamengo que não se encolheu.

Só que a partida escancarou um abismo físico e veloz entre o elenco rubro-negro e um time de alta prateleira européia Pressão alemã, transições rápidas, eficiência — o Bayern não só dominou no placar, dominou a lógica do jogo . Afrouxava e voltava à sua medida.

Teríamos como ter vencido? Talvez sim, em alguns momentos. Mas a verdade é que precisamos ser lapidados em confrontos como esse. E é justamente por isso que precisamos de mais jogos assim – algo raro e formatualmente improvável no calendário sul-americano.

Agora… a vida continua. O foco volta ao Brasileirão, Libertadores e Copa do Brasil.  Não é hora de caça às bruxas, nem de acusar ninguém. É hora de usar essa derrota como referência, aprender, ajustar e seguir com sabedoria. Quem atacou, errou atacando. E esse é o combustível que faz o Flamengo girar, crescer e, quem sabe, surpreender de novo.